Carlos Eugênio Simon acabou administrando o último Gre-Nal de sua carreira de árbitro.Alvo das maiores polêmicas na semana que antecedeu o clássico, Carlos Eugênio Simon acabou administrando o último Gre-Nal de sua carreira de árbitro. Mas não escapou das críticas, em pelo menos um lance polêmico na partida que terminou empatada em 2 a 2 no estádio Olímpico.

Alvo das maiores polêmicas na semana que antecedeu o clássico, Carlos Eugênio Simon acabou administrando o último Gre-Nal de sua carreira de árbitro. Mas não escapou das críticas, em pelo menos um lance polêmico na partida que terminou empatada em 2 a 2 no estádio Olímpico.

O sorteio de Carlos Simon foi motivo de polêmica na semana. A direção do Grêmio chiou e acabou revelando ter pedido o veto ao nome de Simon no sorteio. Neste domingo, o árbitro recebeu uma homenagem em seu último clássico, já que se aposenta no final do ano. “Estou tranquilo como água de poço”, disse antes da partida, recorrendo a um ditado regional.

Em campo, Carlos Simon lançou mão de sua tradicional estratégia de “administrar” os jogos, evitando cartões e conversando muito com os jogadores. No primeiro tempo, de jogadas ríspidas, foram sete faltas do Grêmio e dez do Internacional. Simon não aplicou nenhum cartão amarelo.

Logo aos quatro minutos, Guiñazu deu um carrinho alto sobre Rochemback, que respondeu deixando as travas da chuteira sobre a cabeça do volante colorado. Simon só advertiu verbalmente, assim como fez com André Lima em um lance com Bolívar.

No total, Simon apitou 13 faltas para o Grêmio e 19 para o Inter. O único cartão amarelo da partida foi dado ao volante Guiñazu, do Inter, no segundo tempo. O gremista Fábio Rochemback acabou sendo expulso, ao defender com a mão a cabeceada de Índio que iria para o gol.

O assessor de futebol do Grêmio, Alberto Guerra, que durante a semana fez as mais duras críticas, afirmou que não ocorreu nenhum “erro capital”, mas criticou o modo como Simon conduziu a partida. “A característica do Simon, que é um bom árbitro, de truncar o jogo, não dar cartões, interverter faltas, vai mascando o jogo e prejudicando o espetáculo”, disse Guerra ao final do jogo.

Ao contrário do dirigente, a torcida do Grêmio saiu reclamando de um pênalti não marcado no primeiro tempo. Aos 29 minutos, Bolívar empurrou Lúcio dentro da área e, em seguida, Renan trombou com o atacante Jonas. Lance polêmico, que Simon não considerou penalidade.

Do lado vermelho, Celso Roth viu falta de André Lima sobre Nei no primeiro gol do Grêmio. “Foi falta do André Lima no Nei. É difícil ver um lance como aquele, mas enfim”, limitou-se a comentar o treinador.

Ao final, o próprio Carlos Simon aprovou sua atuação. “Dei uma demonstração a eles aqui porque fui a três Copas do Mundo”, desabafou.UOL