A briga jurídica entre Flamengo e o advogado do goleiro Bruno ganhou um novo capítulo. Ércio Quaresma, que defende o atleta, acusado da morte e desaparecimento de Eliza Samúdio, afirmou que está entrando com uma ação para cobrar R$ 50 milhões ao clube carioca. Em sua visão, a presidente Patrícia Amorim não sabe qual a situação jurídica de seu cliente e afirmou ainda que ele tem dinheiro a receber relativo a luvas e um contrato de patrocínio.
“Ele ganhava R$ 100 mil e tem luvas a receber de R$ 375 mil. Tinha também um contrato de patrocínio de R$ 9 mil. O Flamengo é covarde até para me explicar direito o quanto deve de luvas. A Patrícia ‘Tamborim’ (Amorim) não sabe nem qual a situação jurídica do Bruno. Estamos entrando com uma ação trabalhista que vai fazer o Flamengo perder até o rumo. Vamos cobrar R$ 50 milhões entre danos morais, materiais e trabalhistas”, afirmou o Ércio Quaresma, em entrevista à revista Época
Assim que o caso começou a ser noticiado, Patrícia Amorim, afirmou na oportunidade que o contrato do jogador seria rescindido. No entanto, acabou voltando atrás e decidiu que o vínculo estaria suspenso.
Ércio Quaresma aproveitou para dizer que a família não ver nem um centavo do valor referente a luvas. Pessoas da família do goleiro demonstraram o desejo que ele trocasse de advogado. Eles chegaram a acusá-lo de induzir Bruno a mentir nos depoimentos.
“O Flamengo deve R$ 375 mil de luvas. A família não vai ver um centavo disso, se o Bruno não determinar. Quem vai administrar sou eu. Eu não tenho um contrato de honorários assinado com ele. Se ele disser que não me quer mais, tenho que entrar na Justiça para receber. Mas não vai ser preciso. Ele tem caráter, ao contrário dos familiares dele. Só se salvam dona Estela (avó) e a prima Simone”, afirmou.
Por fim, o advogado reafirmou que Eliza Samúdia está viva. Assim como afirmou em outras oportunidades, disse que não considera que a ex-amante faleceu porque não viu o cadáver.
“ A verdade está dita no processo. Só cego não enxerga. Não existe cadáver, até porque a senhora está viva. Posso dizer que ela não está morta. Eu não vi o cadáver, eu não vi atestado de óbito. Se eu falo que ‘João está morto’, eu tenho que mostrar o cadáver, o atestado de óbito ou o exame de necropsia. Cadê? O corpo de delito não existe nos autos”, disse o advogado, explicando porque Bruno continua preso.
“Ele está preso porque o Tribunal de Justiça de Minas Gerais entendeu por bem manter essas pessoas presas. E até o presente momento, eu não ingressei com nenhum pedido de habeas corpus. Eu entendo que tanto a prisão dele quanto a do Macarrão são preventivas. E por estratégia, eu optei por não fazer nenhum pedido liberatório. Eu sou um advogado que o povo não gosta. Porque o quinteto das trevas, capitaneado pelo Neanderthal (Edson Moreira), torturou, maculou, ofendeu e achincalhou pessoas nesse processo”, encerrou.Uol
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